A grande razão de ter ido passar alguns dias em Londres mês passado era a formatura de meu irmão, em Oxford.
Tomamos o trem na estação de Marylebone (queria a todo custo andar pela Paddington, pois apaixonada pelo ursinho), pontual, relativamente barato (compramos através daquele 2for1 que tem várias atrações, olhem o link para entender o que vale a pena) em relação ao ônibus e partimos no trem das 11 (sem licença poética, era real).
Antes disso, um pequeno parêntese para falar sobre a maravilhosa rede Lola’s Cupcakes: provamos várias miniaturas cada vez que passávamos por uma (geralmente em estações de metrô ou trem) – o de banana com creamcheese é meu preferido disparado, mas absolutamente todos os sabores que provei eram maravilhosos! Sempre pegava o menor para poder variar e conhecer mais sabores.

Mas já em Oxford, havia um pequeno roteiro envolvendo edifícios históricos, especialmente a biblioteca (onde gravaram cenas de Harry Potter, que nunca li nem assisti, mas vale a referência a quem aprecia), o Covered Market (depois de andar pelos mercados de Londres, era bem mínimo e sem graça, mas em casos de chuva, é uma opção), e uma feira a céu aberto na pracinha, essa sim, muito gracinha.

A cidade é bem universitária, cheia de jovens, muita bicicleta para todo lado, um comércio bem voltado a esse público, tudo pequeno, plano e fácil de chegar, achei que valeu muito ter ido até lá e que gostaria de ter tido mais tempo!
Por volta das 15h, resolvemos almoçar e é bem aqui que a parte principal dessa postagem começa: por uma pizza deliciosa, feita com todos os cuidados que uma foodie purista como eu pode desejar!

Sério: apenas conheçam essa pizzaria mimosa, graciosa, e rigorosamente comprometida com a qualidade de todos os ingredientes. A farinha é orgânica, a massa da pizza é de fermentação natural, os vinhos são biodinâmicos e também de fermentação natural…
Nem preciso falar da qualidade do recheio das pizzas, pois os queijos e demais insumos deles são excelentes como regra, qualquer pizza de lá já seria melhor do que a nossa. Mas eles vão além: eles fazem a própria mozzarella, eles fazem as próprias sausages, as pizzas que levam chorizo vêm de uma fazenda orgânica lá da região de Rioja com certificação!

Mas o melhor de toda essa história é que não é só hipster, engajado, ecologicamente correto: é delicioso, tudo era incrivelmente saboroso, com aquela massa entre o crocante e o macio (puxenta no centro, mas crocante na borda), o molho de tomates super rústico e complexo, o queijo bem macio, bem derretido e suculento.
Provamos três sabores, e eu provei um vinho e era muito delicioso, sem aquele ranço de vinho fuleiro (como às vezes achamos nas tentativas artesanais aqui no Brasil), levemente frisante, como os melhores vinhos são (na minha humilde opinião – quando o vinho traz isso, me ecoa um vinho “vivo” e mais complexo não só no sabor, mas também na textura).
O ambiente era gracioso, aconchegante, e o preço muito camarada: cada pizza (de média a grande, aquele padrão italiano que rende 4 generosas fatias) era entre 8 e 9 libras, meu vinho foi menos de 4.
Em outras cidades inglesas (incluindo Londres) eles também existem, e eu recomendo não perder essa delícia!
[…] – para aí sim, comer quentinho. Mas comparando com os queijos, salsichas e até com os cupcakes da estação de trem, não gastaria mais meus pounds com […]
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[…] Como não se apaixonar por um pedaço de pizza super bem feito, e ainda sabendo que eram orgânicos do início ao fim? Me lembrou até aquela pizzaria inglesa, que comemos em Oxford (sobre a qual escrevi nesse post aqui… […]
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