Comida para viagem: o que levei (e como armazenei) para 2 semanas fora de casa

Eu gasto tempo, dinheiro e neurônios pensando em comida e buscando as alternativas mais gostosas, de melhor custo-benefício e que façam bem à saúde – ou ao menos que não façam tão mal. Por isso mesmo, reuni dentro de casa um acervo impressionante de ingredientes, temperos e utensílios, que transformam qualquer ovo frito no melhor momento de seu dia.

Quando viajo, inevitavelmente, além de me atirar em intensas (doentias) pesquisas sobre onde e o que comer, eu também acabo levando uma reserva –  um kit com aquelas coisinhas que vão me dar o gostinho de casa onde quer que eu vá. Até porque, nem sempre os lugares por onde eu passar, vão vender as coisas que eu faço questão de consumir – ou se venderem, vai ser por um valor exorbitante, por uma quantidade maior do que eu realmente necessito na viagem.

Acaba sendo uma economia inteligente: por mais que você possa comprar algumas das coisas que vou mencionar, você não consome tudo, e aí tem que trazer pra casa. Ou abandonar pra trás (jogando seu dinheiro fora), porque o peso e volume das embalagens não te permite trazer tudo confortavelmente na bagagem (ainda mais em tempos de franquia diminuída nos voos).

No início desse mês, fui passar 2 semanas em São Paulo, e insisti em ficar num airbnb ao invés de me hospedar num hotel. Assim, em algumas noites eu poderia comer minha própria comida, ou mesmo preparar alguns lanchinhos de qualidade melhor do que as opções disponíveis na rua. E separei os itens abaixo listados para levar na mala:

 

  • aveia em flocos;
  • pasta de amendoim;
  • óleo de coco;
  • manteiga ghee;
  • azeite de oliva;
  • xylitol;
  • ervas a granel do chá que bebo;
  • castanhas a granel;
  • pimenta caiena;
  • lentilhas;
  • whey protein em sachê de uma dose;
  • chocolate amargo (só levei porque já tinha em casa).

Coloquei todas essas coisas em embalagens plásticas e menores: os secos, como lentilhas e aveias, eu coloquei em saquinhos plásticos – mais maleáveis, enfia em qualquer cantinho da mala, mais compacto e fácil transportar. Já os pastosos, coloquei em potinhos plásticos menores, e saliento que levei tudo em plástico para evitar acidentes com vidro, diminuir o peso da mala e também evitar a fadiga no eventual caso de alguém me parar e fiscalizar as bagagens. Mesmo sendo voos domésticos, passando por Guarulhos tem dias que de noite é foda e eles olham o que em teoria não deveriam olhar.

Disso tudo, confesso que não usei nem um terço do levado: comi a pasta de amendoim, os chocolates e as lentilhas eu cozinhei e metade joguei fora cozidas antes de ir embora. A minha rotina não permitia estar muito em casa nas horas de comer, então aprendi que para este tipo de viagem, só os lanchinhos já seriam mais que suficientes. Comi bastante aveia, só um sachê de whey e das gorduras, a ghee e o azeite, mas em quantidades irrisórias.

Ao chegar no local, verifiquei que tinha sal (mas a depender do estilo da acomodação, eu provavelmente levaria um tiquinho de sal para não precisar comprar 500g e deixar o resto para trás), e comprei uma caixa de ovos, um vidro de molho pronto de tomates e fui comprando frutas para cada dia também. Cheguei a comprar bolachas de arroz, mas no fim não consumi e tive de trazer para casa. Com isso, fiz meus lanches da noite, minhas ceias, alguns cafés da manhã, e almoçava sempre na rua, quase sempre também jantava.

No início do ano, fui de férias para a Inglaterra passando quase 24h viajando: nesse caso, eu me preparei e levei diversos lanchinhos como salgado maromba, brownies em quadradinhos, castanhas salgadas e até um pote de salada pronta – sobrou e eu não quis desperdiçar, por isso, acabei levando. Comi ela nos ares, complementando a janta do avião, usando o molho de salada em sachê que eles forneceram.

Se fosse hoje novamente viajar, levaria praticamente a mesma lista de coisas. Gosto de ter alguns recursos para incrementar o básico que vai ter em qualquer lugar do mundo (legumes, frutas e ovos). Já confiei de “todo lugar tem manteiga/chocolate/aveia” e me dei mal, só encontrando opções esdrúxulas e caríssimas! Mesmo estando em São Paulo, o Carrefour que tinha do lado da minha casa, era bem fraco nas suas opções.

Fora isso, notei que no aeroporto de Guarulhos, pelo menos, as opções aumentaram dramaticamente: tem até um Mundo Verde lá (bem recheadinho, por sinal), mas também outras redes oferecendo comida de verdade, não só fastfood ou restaurantes caríssimos (em termos de aeroporto, caríssimo é um conceito mais elástico, considero que de R$40 pra cima por uma pessoa é caríssimo). Já comi muito mal e paguei muito caro antigamente, só por falta de alternativa, e veio daí este hábito de levar meus lanchinhos.

Hoje mantenho o hábito na medida do conveniente, sabendo que as alternativas estão aumentando, minha tendência vai ser diminuir essas bagagens de comer!

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