Hoje quando acordei, fui chamada a rever um erro que cometi tempos atrás. Não é um erro do tipo que cause prejuízo financeiro, “só” emocional – e não a mim.
Preservo a história para preservar as partes envolvidas.
Quando me vi ali, às voltas com o resultado do que causara, não pude evitar a frustração e a mágoa que causei. Desculpas não resolvem a dor que causam as nossas maneiras rudes e indiferentes de viver.
Pedi todas as desculpas possíveis, sabendo que eram inúteis. Inundada de empatia pelas pessoas, pensava também em minha pouca precaução, ética, assertividade, cuidado.
Quando uma história mal contada me colocou no centro de um conflito totalmente alheio a mim, fui vendo a sequência de erros que havia cometido.
Fui me vendo não sendo respeitosa, cuidadosa com o que digo, praticando o que prego como correto. Me vi não cuidando e vigiando a quem eu digo coisas complexas, polêmicas. Me vi comprando versões não comprovadas de histórias que 1) não me dizem respeito, e 2) foram contadas por pessoas que não são confiáveis.
Mas o principal, me vi opinando e emitindo julgamento sobre a vida e comportamento do alheio, como se isso fosse um direito meu. Me vi agindo como uma juíza de causa que ninguém me chamou a julgar, tendo todo um trabalho mental dedicado a algo que não me compete opinar. Simples assim.

De tudo o que errei nessa situação em particular, essa é a lição mais importante, e que me apego teimando em não aprender. Precisei de um sacode envolvendo outras pessoas para fazer uma análise do que estava fazendo, os pensamentos que andei cultivando.
Ocupada em opinar sobre aquilo em que não fui chamada, deixei de ter pensamentos que edificam de fato a vida. Foi uma baita lição de moral, em que preciso ainda me ater.
Fixar em mim o hábito de vigiar minhas atitudes, palavras e pensamentos. Parar de soltar palavras ao vento, achando que são inofensivas. Hoje aprendi que não são. Magoam quem nem esperava por elas.
Não cabe culpa, mas também não cabem justificativas ou autodefesa. Cabe evitar que coisas semelhantes se repitam… e torcer genuinamente para que quem foi magoado, possa ficar bem.
Estou deixando este comentário para dizer que gostei bastante do que acebei de ler aqui neste artigo, inclusive já salvei até meu navegador em meus favoritos.
Abraços Capital de prêmios
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[…] Ainda nesse espectro, comecei a respeitar mais o meu tempo. Hoje em dia, com a facilidade da internet, eu acabava “sabendo da vida” de gente com quem eu não tinha intimidade, e nem sempre tinha afinidade. Me vi ficando envenenada e até um pouco venenosa a respeito da vida dos outros. Cometi aquele erro que mencionei nesse post aqui. […]
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