
A primeira parte da nossa viagem de férias foi definida muito antes de efetivamente sabermos que iríamos sair de férias: comprei dois ingressos para um show de Jorge Drexler em Curitiba.
Foi o acaso que criou minhas férias iniciarem por aí, e sucessivos acontecimentos fizeram com que fôssemos dali para outros lugares, ainda tendo que levar o cãozinho junto, o que eu certamente não tinha previsto.
Iniciei minhas pesquisas no Booking, como de hábito, e com os critérios de que o hotel fosse próximo ao Teatro Guaíra e aceitasse pets, encontrei bem poucas opções. Na realidade, a esmagadora maioria das opções no centro de Curitiba aceitando animais era assustadoramente muquifosa, e eu já estava me conformando.
Adicione-se aí o meu pavor de deixar o bichinho a sós num quarto estranho por algumas horas, com a real e comprovada possibilidade dele chorar o tempo todo e raspar a porta com as patinhas (como já fez tantas outras vezes).
Cogitei esconder uma cápsula de Valeriana dentro de um pedaço de carne.
A questão do preço certamente era um problema. Os hotéis mais bonitinhos eram mais caros, e também mais distantes do endereço do show. Já tínhamos organizado outras viagens, e pra ser sincera, nem estava mais querendo muito ir. Como os ingressos eram de meia entrada, não tinha como revender.
Então depois de muito matutar, apareceu o hotel que foi o primeiro presente das férias desse ano, o San Juan Joscher (não sei pronunciar esse nome e nem quero). Um casarão antigo reformado ali no centro, em que 100% dos comentários elogiavam imensamente o tratamento, os ambientes, o chuveiro e o café da manhã.
O valor da diária era de R$272 por casal, e o cãozinho custou R$50,00. Ele ganhou caminha e um pote também. Não é barato, mas eu acho que vale o que custa. Iria novamente em alguma ocasião especial. O lugar era uma delícia tão grande, que deu pena de ter que sair tão logo!

As mobílias são incríveis, o pé direito alto, aquele chuveiro a gás forte e quentinho no frio de Curitiba. O ambiente térreo deles tinha, além do restaurante, um jardim de inverno nos fundos e uma sala aconchegante com lareira. Mesmo apressados para o show, demos um jeito de ficar um tempinho ali para curtir aquela “casa” temporária.

O café da manhã era gostoso, mas nada de mais. Em geral eu sempre gosto dos cafés da manhã de hotel aqui no Brasil, sempre é variado e abundante em frutas e frios. E esse também era. Tinha vários tipos de bolos e doces, alguns bem deliciosos, e o café vinha diretamente na sua mesa, num pequeno bule com fogo por baixo, para ficar quentinho!

No último andar, tem ainda um espaço onde eles concentram alguns itens de decoração e de uso da época que o hotel foi construído, em 1920 mais ou menos. Máquinas de costura e outras relíquias graciosas estão por lá.
Só não saí triste, porque tínhamos muitos outros lugares lindos para visitar na sequência. Mas não vejo a hora de poder voltar!
[…] muito, ainda bem: voltamos em Buenos Aires, Curitiba (para o show do maravilhoso Jorge Drexler, meu crush uruguaio) conheci Miami, Bimini (Bahamas), […]
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