Mudanças de vida

Há mais ou menos dois anos atrás, eu trabalhava num horário oposto ao de hoje em dia aqui no meu emprego (eu tenho uma carga horária de 6h). Quando numa mudança de chefias, eu pedi e fui atendida na ideia de passar a trabalhar pelas manhãs.

Fui seduzida pela ideia de ter tardes inteiras livres, em que poderia ficar lendo, escrevendo, sendo eu e tudo o mais. Mergulhei empolgadíssima na ideia de ter a tarde livre, e nas primeiras semanas, acordava antes das 6h para chegar a tempo (inventei o absurdo de trabalhar às 7h30).

Em poucas semanas, foi minando meu otimismo, e em breve, eu já odiava esse meu horário mais do que tudo. Não me era possível ter tardes “sendo eu mesma”, depois de ter tido uma manhã acordada tão cedo, saindo apressada de casa, dado o sangue e as energias na repartição. O atraso crônico foi virando hábito.

Cheguei a ser seduzida pelo miracle morning, que para mim não funcionou por muito tempo (cuja experiência você pode ler aqui), e aí acordava ainda mais cedo, enfiava diversas coisas na minha rotina.

Com a depressão, o sono errático e as dificuldades de “pegar no tranco” pela manhã, acabei mudando meu horário para entrar às 8h30, o que melhorou sensivelmente a minha pontualidade. Até hoje, acordo  no máximo às 6h30 para poder ter tempo de me encorajar e viver momentos meus em casa, antes de me enfurnar aqui.

Desde sexta-feira, retomei o horário da tarde. Agora, as manhãs são novamente minhas e de meus projetos, de minhas coisinhas: academia, café da manhã com calma, leitura, yoga.

Claro que não existe milagre: eu continuo trabalhando no mesmo lugar, pelo mesmo número de horas. Mas agora, posso acordar quando sentir que é hora de acordar, não quando o despertador me arremessar para fora da cama. E tendo as minhas energias mais disponíveis de manhã, usá-las em meu próprio benefício.

Sexta-feira, fui a última a ir embora no meu setor. Descobri onde ficavam os interruptores de luz nesse dia, tranquei as portas e saí, com a tarde já terminando mais morna, e pensando que, de quebra, ainda economizarei no ar condicionado nesse verão!

 

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