Mudanças alimentares (de novo)

Já fiz muita dieta nessa vida: a primeira vez, eu tinha 16 anos (!) e ia para uma excursão de colégio em Angra dos Reis e inventei de encarar a dieta da sopa, pois estava com vergonha da minha barriga na frente dos colegas.

Passei por fases de eu mesma criar meus cardápios e protocolos, depois fui consultando nutricionistas (contei 6 profissionais) e também passei por desafios e mil coisinhas. Saía uma ideia diferente, lá ia eu: Dukan, paleo, lowcarb, keto, jejum intermitente, ayurvédica, funcional, detox, detox líquido, low-fodmap e o que mais você pensar.

Nos últimos anos, já tendo emagrecido tudo o que queria e mais um pouco (pode ler mais sobre isso aqui), não faço mais dieta. Venho me concentrando em evitar a lactose, cujos exames vinham apontando uma curva de intolerância cada vez maior, e só. Todo o resto eu como, tentando ser mesquinha com o uso de açúcar e refinados extremamente junkies, mas sem deixar de comer aqui e ali.

Aí essa semana, com a intoxicação alimentar que me revirou as entranhas (contei isso e mais um monte de coisas nesse post), resolvi assumir um pouco o controle de novo. Estou agora na “dieta segura”, ou seja, só como o que tenho segurança de que não me fará mal.

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Chá de hortelã e maçã sem casca.

 

Eu tinha relaxado muito com a higienização dos vegetais e frutas, só passando uma água. Voltei a colocar tudo de molho numa solução de água e hipoclorito (a famosa água sanitária), pra depois enxaguar e guardar na geladeira. Desinfetei a geladeira, prateleiras e gavetas, joguei muita coisa fora.

Uma coisa que confesso a vocês é que eu como comida vencida direto. Aham, sem medo. Se eu cheiro e acho que está seguro, eu como mesmo com o prazo vencido, pois considero a validade no rótulo uma sugestão do fabricante.

Escolhas… Nem sempre as mais seguras, mas sendo adulta, tenho que arcar com as consequências. Me desfiz de coisas que claramente poderiam ser tóxicas, enquanto outras ainda ficam na berlinda.

Me senti revigorada quando a geladeira voltou a ter luz! As lâmpadas sempre ficam meio bloqueadas pelo volume insano de alimentos que ela comporta. Hoje está tudo limpo e ordenado, poucas escolhas frescas que deverão ser consumidas antes de trazer novos itens.

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Que orgulho dessa renovação!

 

Basicamente, a “dieta segura” consiste em:

  • comer só em casa, para evitar incidentes novos de verão;
  • comer 4 refeições por dia: desjejum, almoço, lanche da tarde e jantar;
  • carne é em uma das refeições somente, e muito bem passada e cozida;
  • volume grande de comida em todas essas, pra me deixar sustentada até a próxima;
  • esse volume, obtenho de amidos cozidos, como arroz, aveia, batatas, mandioquinha, pipoca ou tapioca;
  • gorduras em todas as refeições (ghee, óleo de coco e azeite de oliva);
  • poucos vegetais crus e muitos vegetais cozidos (mais fáceis de digerir).

A ideia é durar por algumas semanas com ela desse jeito. Na realidade, eu já vinha me alimentando mais ou menos nesses termos na minha rotina, porém, saía bastante pra almoçar fora em dias de pressa. E nos finais de semana, comia coisas mais diferentes desse hábito, principalmente quando visito meus pais.

Também voltei a levar a sério o compromisso de raspar a língua com uma colher de manhã, antes de engolir qualquer coisa. Retiro aquela camada esbranquiçada que se forma, e bochecho com água algumas vezes, antes de ir beber água. É uma alternativa ao “oil pulling” do ayurveda, mas o mecanismo é o mesmo.

Com dor no coração, tenho evitado tomar café, que virou um exagero. Estava até perdendo o prazer no hábito, de tanto que tomava. Tomo uns dois por dia, no resto do tempo bebo água e chá de espinheira santa, hortelã, às vezes de gengibre.

Também reduzi imensamente o consumo de bebida alcoólica. Meu prazo de validade tem vencido mais cedo, logo me embucha e não consigo mais continuar bebendo. Mas eu gosto muito do ritual e do “baratinho” que dá no início, destrambelhar a falar!

O gosto da minha comida mudou um pouco, ficou mais neutro e menos condimentado. Logo essa fase mais irritada passa, e volto a comer do jeito que gosto. Ou não, também, que a vida muda e a gente tem que mudar junto!

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Diretamente da mesa do trabalho: kitchari e banana para o lanche

 

 

 

 

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