Ano em que tentei, tentei, tentei tanto controlar tudo, e não controlei nem sequer a mim mesma.
A saúde que eu gosto de ostentar como um troféu, não quis ficar aqui. Senti no meu estômago, no meu intestino, algumas vezes na cabeça, e por fim, na minha mente. E entre aliviada e com medo do diagnóstico de depressão, também veio aquela sensação de reconhecimento: lá no chão eu enxerguei que então é assim que sentem as pessoas depressivas?
O ano em que eu não contraí dívidas, sem dúvida um dos que mais viajei num curto espaço de tempo: França, Inglaterra, Peru, Japão, Estados Unidos, a nossa maravilhosa Bahia, a minha saudosa BHzinha. Só quero que continue!
O ano em que juntei as escovas de dentes com meu amor, aquele por quem eu pedia em sonhos e em diversas imaginações: forte, alegre, descomplicado, lindo. Estamos reformulando a casa, ainda.
O ano em que mesmo sentindo cansaço e indisposição ímpares, voltei a estudar (estou na metade de uma pós). Que mesmo descornada com meu trabalho, inovei e coordenei um trabalho inteiro de equipe, juntando quem podia, quem queria, e modificando a realidade. Mesmo preocupada comigo, não me reconhecendo no estado de espírito, saí no mundo, me propus a escrever esse bloguinho aqui, me propus a viajar, me propus a trabalhar fora de casa, me propus a ler 24 livros (li 38), a assistir 52 filmes (vi 57). Mesmo não sabendo se ia adiantar de algo, me propus a procurar todo tipo de ajuda, consultei tanto profissional que me sinto até invadida.
E eu achando que 2018 tinha sido foda, foda sou eu. Arrasei muito, mancando mesmo, não deixei de caminhar. Obrigada, Thais de 2018, por ter trazido o futuro.
Aí vamos nós!