O dia em que eu não fui atropelada, e acabei me machucando

7 dias atrás, eu caminhava com os cachorros pelo meu bairro quando, atrás de mim, um carro e uma moto se bateram numa esquina (que eu havia acabado de atravessar).

A queda do motoboy e o estrondo fizeram os cachorros dispararem, com medo, sentido à rua que já estávamos, e com o pinote deles, eu fui puxada (e arremessada) contra um muro de vidro. Amparei a batida com a mão, que inchou, cortou e arroxou na mesma hora.

Passada a adrenalina, menos de 1h depois, o chicote do impacto começou a irradiar uma dor no ombro e no punho esquerdo. Desnecessário dizer que sou canhota.

O SAMU veio atender o rapaz, que se machucou muito mais na queda da moto, e acabaram avaliando minha mão, um corte superficial e um gelo para o inchaço.

Nessa semana, o roxo já ficou verde, o corte está quase fechado, e o ombro eu tenho lidado com Ibuprofeno a cada 8h. Fiquei sem minha yoga sagrada por conta disso, mas não tenho condições de fazer a maior parte dos movimentos neste momento.

Moral da história? Não sei exatamente. Vivenciei um laboratório de reações humanas ao estar inserida naquela cena: agressividade ao tentar definir os culpados e inocentes, curiosidade de pessoas passantes, objetividade dos atendentes do SAMU.

Na tarde seguinte, outra batida exatamente no mesmo ponto, o que me fez pensar que algo ali precisa ser modificado (talvez uma lombada eletrônica para controle da velocidade), e um certo receio de estar no trânsito.

Eu lembro de estudar na aula teórica da autoescola que os pedestres também são parte do trânsito, mas nunca havia vivenciado algo semelhante. Se eles estivessem 2seg adiantados, pegariam um dos cachorros em cheio.

Ainda bem que não estavam.

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