Bolinhos de fubá com goiabada (sem glúten e sem lactose)

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Sexta-feira passada, animada com a perspectiva do final de semana meio frio e nublado – que pretendia passar integralmente em casa, como há muito não fazia – me pus à caça de receitas de bolo e de cookies. Pensei que seria lindo tirar a poeira das minhas forminhas e estrear minha cafeteira nova, uma Nespresso Mini recém chegada ao mundo, minha bebê.

Daí como sempre que você faz planos, o Universo ri de sua cara e eu comecei a acordar na madrugada de sábado ainda com uma dor de cabeça lancinante. A pior crise de enxaqueca dos últimos anos me arremessou na cama durante 36h, a maioria das quais dormindo, dopada – e eventualmente, vomitando ou enjoada. Foi um horror.

Domingo acordei ainda “de ressaca”, como toda vítima de enxaqueca conhece: aquela sensação molenga e aérea, o cérebro parecendo um balão de gás hélio. O doutor Feldman, inclusive, comenta sobre um fenômeno chamado “a lembrança da dor”, que é difícil explicar em palavras, mas que todo enxaquecoso reconhece. É só pensar na dor, que ela ativa a lembrança no exato local onde você a sentiu (ou onde mais sente: no meu caso, irradia da têmpora esquerda para todo este lado, parando na nuca, só na esquerda).

Isso tudo para dizer que não fiz bolo. Nem comida salgada, nem comida doce, nem mesmo um mísero ovo frito para meu namorado, que passou o dia meio perdido enquanto eu me arrastava pelos cômodos. E no domingo, precisando salvar uma peça de 750g de músculo bovino orgânico que comprara, fiz nosso almoço que estava delicioso, mas que ao terminar… Deixou aquele gosto de “quero um doce” na boca, sabe?

E então retomei aquelas receitinhas todas que havia salvo na sexta-feira, apenas para perceber que havia escolhido todas com sabor de chocolate. Só que eu não tinha chocolate em casa, e ainda de “ressaca” da enxaqueca, costumo evitar os consagrados vilões (chocolate é um deles, embora nunca seja gatilho para mim). E no instagram da Marina Gorga havia a reprodução dessa receita de bolinhos de fubá que, na realidade, são da Fernanda Scheer.

Este é o link direto para a receita, no site da Marina. Mas como estava com saudades de escrever aqui, e também porque adaptei ligeiramente, transcrevo para vocês:

MUFFINS DE FUBÁ (rendem 4 muffins)

2 ovos

3 colheres de sopa de fubá (usei polenta – não a instantânea, a raiz mesmo)

2 colheres de sopa de óleo de coco (essa parte li errado – era 1 colher de chá! mas deu certo…)

2 colheres de sopa de água+2 colheres de sopa de aveia (preguiça de bater leite vegetal – recomendo usar uma só de cada, pois ficou aguado)

2 colheres de sopa de açúcar de coco (no futuro usaria uma só, pois ficou muito doce, ainda mais com a goiabada!)

1 pitada de canela

1 colher de chá de fermento

MODO DE PREPARO

Bater primeiro os ovos com um garfo, e somente depois adicionar os outros ingredientes, sendo o fermento por último. Untar as forminhas (usei óleo de coco) e assar por cerca de 25min em forno pré-aquecido médio (180ºC).

A massa fica bem “bifásica: com o açúcar e o fubá se concentrando mais ao fundo e a água por cima, então tem de misturar bem energicamente antes de colocar nas forminhas – isso pode ser por conta da minha preguiça em bater um leite vegetal. Mas dentro do forno, no fim deu tudo certo e os bolinhos não ficaram aguados e nem secos demais. Só não ficaram fofinhos nem inflaram, ficaram baixinhos (provável excesso de água).

Não confiei em adicionar a goiabada junto, porque achei que os bolinhos iam para o lixo… Então depois de desenformar, coloquei uma pequena dose no pratinho e comemos passando neles. Minha goiabada maravilhosa de BH que comprei uns dias atrás!

 

 

 

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